é no amargo que sorrio. cansado já da facilidade dos dias. a facilidade do consumo de uma emoção rápida e instantânea, como se nada houvesse para além do instantâneo. apesar de tudo, o imediato é o que sabe melhor. achamo-nos bons, mesmo bons quando conseguimos rir quando todos riem… que pode haver mais que nos preencha?
cansado, estou cansado da pseudo-intelectualidade. do acreditar que noutro lugar será melhor, porque o nosso canto esgotou a novidade e porque aí todos os outros ficaram parados no tempo menos nós que entrevemos a possibilidade de evoluir noutro lugar… onde tudo será moderno e inovador.
a comida mastigada que me põem todos os dias no prato, enerva-me tal como a pressa com que me obrigam a comer e servem outro e outro e outro…em série. como se fossemos todos máquinas, com as mesmas necessidades, os mesmos gostos e ambições.
servem-nos a felicidade de PVC e todos sorriem – ou não fosse o melhor que nos podia acontecer!
sexta-feira, junho 29, 2007
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