quarta-feira, maio 10, 2006

olhos

passas por nós sem nos ver. como se não existissemos. talvez não o devessemos fazer, nem sequer tentar.
as flores amarelas que se vêem através das grades da janela, da sala, são de uma beleza serena, que não dói, mas que também não faz sorrir, porque não têm amor suficiente dar.

onde é o teu refúgio? porque não choras? de que tens medo?

chamam-te. e permaneces imóvel (terás ouvido?), de olhos tristes. tão tristes. que doí por dentro, que queimam como ácido, que petrificam. que levam todos na tua tristeza. desarmados.

deixas-me sorrir e dar-te a mão?

1 comentário:

Anónimo disse...

quantas vezes somos quem não chora? quem tem esses olhos? quantas vezes somos os que paralisamos sem saber o que fazer? dar.receber.entregar.
obrigada pela tua mão sempre presente bee**