"tudo isto pertence à linguagem dos fantasmas. (...)
em geral, as pessoas agarram-se à crença de que, por muito más que as coisas fossem ontem, eram melhores do que são hoje. aquilo que eram há dois dias era ainda melhor do que ontem. quanto mais recuas, mais bonito e desejável se torna o mundo. arrancas-te a ti próprio do sono de cada manhã para enfrentar algo que é sempre pior do que enfrentaste no dia anterior mas, ao falares do mundo que existia antes de ir dormir, podes enganar-te a ti próprio e pensar que o dia de hoje é uma simples aparição, nem mais nem menos real que a memória de todos os outros dias que transportas dentro de ti."
no país das últimas coisas, paul auster
talvez não seja mais que isso mesmo, uma linguagem de fantasmas. vivemos a esperança que um dia tivemos e de que hoje estamos despidos. tudo caminhará para o vazio, para o pior de nós e de tudo...continuaremos a ser fantasmas??
domingo, outubro 30, 2005
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1 comentário:
temos de mudar essa forma de ver as "coisas".se nao..caminharemos definitivamente para o vazio.
beijo.
Cavalo Branco
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