terça-feira, setembro 27, 2005

têm de existir espaços

Nunca pensei estar tão enganada. quando tudo acabou senti-me bem, parecia haver já alguma paz no meu corpo cansado de uma batalha quase interminável. sentia-me cheia de mim; senti-me capaz de enfrentar o mundo- o meu. e de repente, tudo se evapora. o que sentia tão real e verdadeiro não era mais que uma tentativa de em enganar a mim própria, com o que não fui.
deito-me a olhar as estrelas e as lágrimas fazem-nas tremeluzir. ficam tão bonitas assim. olho para a pintura e não consigo conter-me, perco o controlo e sinto-me cair num abismo, de onde o regresso não é conhecido.
estás na música, nos livros, nas coisas...no ar, no fogo, na água, na terra...estás em todo o lado. e é por todo o lado que me persegues. não me deixas encontrar a minha paz.
E PÁRA DE ME DIZER O QUE JÁ SEI! pára de me tentares convencer que o teu caminho é o que devo tomar. é verdade que gostava que voltasse a ser (melhor que?) como antes. mas não o devo fazer, pois sei à partida que só afundarei mais o barco onde navego desde que me conheço.
tenho saudades tuas. mas não devo dizê-lo. sim, porque sou eu que quero estar longe. não serás tu que ainda não te deste tempo para ouvir? e não serás tu que ainda não me abriste o teu coração? por isso não me compreendes. gostava tanto que um dia...
por favor gosta de mim. eu gosto. por favor fica comigo. eu fico, por agora. para que me queres? para amar? amar para mim é liberdade de ser e de gostar, de me inventar. é solidão sabias? é confiança. é paixão. é tanta coisa mais. sei que não é fácil amar-me. têm de existir espaços. e não se pode amar incondicionalmente, como dizes fazer, com limites e fronteiras. não pode.
é por isso que estou só.
porque acredito no amor.

7 comentários:

Anónimo disse...

...e o amor acredita em ti?

=)

catavento disse...

neste momento, acho que o amor anda desiludido comigo, mas eu sei que fiz tudo qaunto consegui para que tal não acontecesse. não me quero culpar...pode ser que um dia ele volte a olhar-me, até lá eu vou continaur a acreditar*

Anónimo disse...

Finalmente entendi o que gosto da tua escrita. é como uma cascata refrescante de onde jorram sentimentos que se destinam a limpar corações.
Obrigada***

Anónimo disse...

n preciso de dizer que aprecio o que escreves.. sp soubest que sim. mas o que mais gosto neste post é de nos rever nele. do que nós temos e nao morre. do que sentimos tao da mesma maneira.. =)
sei que me compreendes* tkx sis

Nuno Lacerda disse...

Gostava que alguém fosse sincero assim comigo... não vou ser lamechas e explicar o que me lembrei ao ler este texto por isso só quero partilhar contigo que gostei muito de o ler! e também gostei dos outros... mas gostei muito deste!

Anónimo disse...

* Não faças rascunhos da tua vida, podes não ter tempo de os passar a limpo *

=)


os nossos erros ensinam-nos a melhorar e não voltar a cair no mesmo,ms nem sp somos capazes!!
beijinho enorme*
*pUcCa*

Anónimo disse...

para mim tem incondicionalemnte de haver espaço...mesmo que para amar. o amor que nos sufoca e nos obriga a deixar de sermos quem somos, não é amor...é obcessão, é delírio, é imposição.

gostei muito de ler os textos, mas especialmente deste. nunca deixes de ser quem és.

Beijito.